MWV reestrutura operações no Brasil

O grupo norte-americano MWV reestrutura suas operações brasileiras, colocando foco no negócio de Pumps & Dispensers

 
O Grupo MeadWestvaco Corporation (MWV) – companhia norte-americana que, há 150 anos, atua em diversos segmentos como o de fornecimento de embalagem, gerenciamento territorial e especialidades químicas – acaba de anunciar algumas decisões importantes acerca do futuro de suas operações no Brasil, considerado um dos mercados estratégicos para seu crescimento nos próximos anos. De acordo com as informações, o negócio de Plásticos Primários para os segmentos de Home, Health & Beauty passará a receber robustos investimentos a partir de agora. Grande parte desses recursos será utilizada na ampliação e transferência de suas operações de válvulas sprays e dispensadoras plásticas da capital paulista para Valinhos, no interior do estado, onde se beneficiará com uma infraestrutura local já existente. O processo de transferência deve ser iniciado em setembro de 2013, e concluído no segundo trimestre de 2014.

No mesmo comunicado distribuído à Imprensa, a empresa também revelou que encerrará suas atividades de produção de embalagens Folding Carton (embalagens ao consumidor) no País, em linha com sua saída do negócio de HH&B em toda a Europa e América Latina. Segundo explica o documento, o grupo percebeu a necessidade de implementar tal mudança ao analisar a conjuntura do mercado, que demonstra impossibilidade de crescimento rentável ao longo dos anos, aliado ao que ela titula como “falta de perspectiva de mudança desse cenário.”

Esse processo de saída terá início imediato, e tem previsão de encerramento ainda no terceiro trimestre deste ano. O grupo destaca que está comprometido em tomar as providências cabíveis para que seus funcionários e stakeholders não saiam prejudicados, e que tal movimentação irá fortalecer suas atividades no País. “O sucesso desta movimentação nos tornará mais fortes e competitivos no mercado e representará um passo muito importante para o nosso crescimento. O Brasil é, atualmente, um mercado extremamente promissor na América Latina e vem apresentando rápido crescimento”, convalida Eduardo Scalese, diretor de negócios da MWV-Home Health and Beauty da América Latina.

Emergentes em foco
Em 2012, o Grupo MWV registrou um volume de vendas de U$ 5,3 bilhões, sendo que 83% desse montante adveio de seus negócios no segmento de embalagens. Para esta área, em especial, a companhia tem uma meta bem agressiva e clara: alcançar U$ 1 bilhão em faturamento nos próximos anos. Para isso, acredita ter quatro resistentes pilares para sustentar o crescimento. Um deles é, exatamente, o investimento pesado nos países de economias emergentes, entre os quais Brasil, China e Índia ocupam posições de destaque. “Essas são as regiões nas quais a classe média está consumindo mais produtos embalados, demandando formatos de embalagem mais modernos, que podemos fornecer”, destaca o documento que traz o balanço de suas atividades em 2012.

E é fácil compreender porque o olhar sobre tais economias está sendo tão atento: os BRICS e alguns países do Leste Europeu e da Europa Central, como a Polônia, já são responsáveis por 25% das vendas do grupo no mundo. E a expectativa da MWV é que eles conquistem uma fatia cada vez maior desse bolo. “Esperamos que isso aconteça à medida que formos fazendo investimentos adicionais nessas regiões de rápido crescimento”, destaca o relatório.

Somente no Brasil, o grupo investiu US$ 480 milhões na aquisição de uma nova máquina de papel cartão, que tornará possível dobrar a capacidade de sua fábrica instalada na cidade de Três Barras, no estado de Santa Catarina. A empresa ainda assiste o crescimento de seus negócios de papelão ondulado no Brasil, embalagens para bebidas e higiene pessoal, além de  especialidades químicas, área de negócios que responde por 14% do faturamento de sua operação local.

Para 2013, a companhia planeja estimular a MWV Rigesa  – subsidiária brasileira da empresa – a alcançar seu potencial completo, por meio da integração das instalações recém-adquiridas. Além disso, o grupo afirma em seu balanço anual que deve injetar recursos também em pesquisa e desenvolvimento de soluções específicas para os mercados brasileiro, chinês e indiano. “Estamos bastante entusiasmados com as oportunidades de crescimento  no Brasil, China e Índia, países nos quais identificamos vocação e um forte viés em favor das políticas de pró-crescimento”, pontua John Luke Jr., presidente e CEO do Grupo MWV.
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