Revista Atualidade Cosmética ed 178 - ESG - PERSPECTIVAS E DESAFIOS Por Tatiane Paixão

Revista Atualidade Cosmética ed 178 - ESG - PERSPECTIVAS E DESAFIOS Por Tatiane Paixão

Destaque em pautas de mídia globais e em espaços sociais, sobretudo nos últimos 3 anos, o acrônimo ESG (Environmental, Social e Governance) trata das boas práticas das organizações quanto ao meio ambiente, aspectos sociais e de governança.

O conceito nasceu em 2004 a partir do documento Who Cares Wins, criado pelo Pacto Global e Banco Mundial, para adoção de fatores sustentáveis nos mercados de capitais. Assim, o ESG tornou-se um indicador nas análises de riscos e decisões de investimentos, pressionando o setor empresarial para a revisão de suas formas de produção e de fazer negócios.

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Na ansiedade por entender o conceito, adaptar-se e estar em conformidade a esta nova exigência global, muitas lideranças não se atentaram que o ESG não é uma agenda paralela aos seus negócios, mas sim a fundamentação dos mesmos, equilibrando lucro, propósito e responsabilidade com a posteridade. Organizações orientadas ao ESG reconhecem seus impactos socioambientais negativos e positivos, sendo capazes de agir sobre eles, mitigando ou solucionando danos já provocados. 

Vivenciar ESG significa assumir que o uso não planejado de recursos naturais limita as nossas existências e as das gerações futuras. Significa assumir responsabilidade pelos problemas climáticos dos quais somos parte. Significa entender que a desigualdade financeira impacta a prosperidade nos lucros, e que a pobreza na saúde e na educação afasta possibilidades dignas de autonomia e crescimento econômico. Significa reconhecer que a inclusão da diversidade sem equidade é uma tentativa frágil, uma vez que somos quase 8 bilhões de pessoas no mundo em distintas formas de ser e em condições diferenciadas em privilégios e poder.

Mais conscientes de nossos papéis para um futuro que não deixe ninguém para trás, nós enquanto emissores-receptores, consumidores, fornecedores, empreendedores, colaboradores, enfim, representantes de todas as partes interessadas, vimos amadurecendo a identificação e indicação de pontos de melhoria urgentes para o que importa. Assim, influenciamos tendências em investimentos, consumo e trabalho junto a empresas sustentáveis, humanizadas e conscientes. É fato que nos próximos 2 anos, inúmeros investidores institucionais devam parar de comprar produtos e serviços não ESG, de acordo com relatório PwC (fonte: Pacto Global).

Os Dez Princípios do Pacto Global, fundamentados em direitos humanos, trabalho,  meio ambiente e práticas anticorrupção, somados à análise de projetos para o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),  ajudam as lideranças no entendimento do quão próximas, ou distantes, a essência e a estratégia de seus negócios estão alinhadas ao conceito ESG.

Empresas conscientes de suas razões de existir, que respeitam e valorizam stakeholders e shareholders, que se comprometem com o cuidado e humanização nas relações, e que assumem protagonismo na gestão, cultura e inovação para o impacto positivo são mais queridas, rentáveis, prósperas e capazes de amplificar e sustentar a percepção positiva de sua reputação.  Outras oportunidades de retorno estão diretamente relacionadas aos fundos e índices financeiros com inclusão de métricas ESG.

Seduzidas por essas possibilidades, infelizmente muitas organizações passaram a adotar narrativas sustentáveis exageradas ou incongruentes às suas práticas. Nos setores de moda e beleza, por exemplo, a terminologia ESG era novidade em 2020 para 40% das lideranças respondentes do relatório “A evolução do ESG no Brasil”, publicado pelo Pacto Global e Stilingue. No entanto “100% dos respondentes afirmaram ser estimulados sempre ou frequentemente a repensar projetos e ações a fim de gerar mais impactos positivos nas 3 frentes do ESG.”

Recentes relatórios independentes destacam quesitos na percepção de reputação positiva em ESG. Um deles é o ESG Cosmetics, conduzido pela alva - inteligência de negócios especializada. Gestão do ciclo de vida de embalagens (1), impactos socioambientais na cadeia de suprimentos do óleo de palma (2), curadoria de marca de cosméticos clean (3), esforços de conservação local (4), redução do consumo de água, energia e ingredientes (5) são alguns desses pontos, liderados respectivamente pelas empresas KAO e P&G, Estée Lauder, Sephora, L´Óccitane, Natura. 

Outro mapeamento - o ESG Consumer Index - desenvolvido pela Lew’Lara\TBWA e DCODE, revelou a Natura e O Boticário como empresas positivamente associadas às práticas de ESG, na percepção das pessoas. 

A pergunta que fica é “O que torna essas empresas referências em credibilidade ESG?

Dentre tantas variáveis a serem consideradas nas respostas, destaco:  

•reconhecimento de que o ESG deve permear razão social; 

•transparência, respeito e congruência ao seu real momento e status de maturidade no tema; demonstradas em evidências sólidas como Relatórios de Sustentabilidade, Programas Socioambientais e outros canais para Comunicação Ética

•inovações no conceito ganha-ganha-ganha;

•cuidado genuíno com as pessoas, com os negócios e o planeta, indo além de prioridades corporativas motivadas apenas por questões compulsórias ou oportunidades e estratégias de marketing. 

O conceito ESG sugere reputação sustentável como consequência e não como fim, invocando autorreflexão, consciência e intenção genuína para a transformação. Vamos nessa?

Por Tatiane Paixão – Relações Públicas para reputação sustentável e fundadora da PR4IMPACT

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